29 de novembro de 2010

Uma indústria cultural que gera renda e solidifica a cultura local? Sim! É possível!

Cataguases é tida como pioneira no cinema nacional graças ao significativo ponta-pé inicial dado por Humberto Mauro. Infelizmente durante algum tempo, o audiovisual ficou adormecido fazendo parte apenas da história. Este cenário, no entanto, começou a mudar com a iniciativa do Instituto Cidade de Cataguases, que já há alguns anos busca retomar atividades cinematográficas com o apoio de instituições públicas e privadas da cidade e região. Já tivemos duas edições do Festival Ver e Fazer Filmes, seminários, cursos de curta e média duração e outras iniciativas que buscam capacitar profissionais para retomarem as atividades cinematográficas na cidade.

Atualmente o foco está no “Polo Audiovisual”. Na última semana, em um verdadeiro trabalho cooperativo, instituições do terceiro setor e o poder público das cidades de Cataguases, Leopoldina, Miraí e Muriaé, na Zona da Mata Mineira, se uniram sob a orientação de consultores do Porto Digital de Recife para pensarem as diretrizes e ações que nortearão a implantação da indústria cultural criativa, que longe de fazer parte da indústria cultural conhecida por impor a cultura dominante, será capaz de gerar renda e solidificar a cultura local. Também nesta semana, a realização do “Seminário Polo Audiovisual” nas cidades de Cataguases, Leopoldina e Muriaé consolida o objetivo de “reunir lideranças, especialistas e gestores de diversas instituições públicas e privadas, na perspectiva de implantação do "Polo Audiovisual, Animação e Mídias Digitais". A ação busca a promoção de políticas públicas que relacionem a educação, a comunicação e a juventude, bem como, a indução da economia da cultura com o impacto e geração de trabalho, renda e novos negócios para a Zona da Mata Mineira.”

O Seminário teve como referências cidades de pequeno porte situadas no interior dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro que se identificam com o perfil econômico de Cataguases, onde o Polo será instalado. O “Polo Cinematografico de Paulínia”, “Piraí Digital” e o “Polo Audivisual de Barra de Piraí” foram os escolhidos. Vale ressaltar que nestas iniciativas, educação é o grande norteador. Em Paulínia, as crianças têm conato desde cedo com a animação, em Piraí o projeto “Um Computador por Aluno” é para onde vão as atenções dos gestores e produtores culturais e em Barra do Piraí o “Projeto, Luz, Câmera, Educação” capacita professores para trabalhar o audiovisual.

O “Polo Audiovisual de Cataguases e Região” também tem seus objetivos voltados para a edução, o que já é uma garantia de sucesso. Além deste e de todas as benéces que trará para a economia, a cultura e o desenvolvimento regional, acredito e sugiro que se torne também um grande articulador e mapeador de nossas manifestações culturais. É para isto que torço!

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