18 de junho de 2009

O circo chegouuuuu!!!!!

Não me lembrava bem da última vez que tinha ido ao circo. Possuía apenas uma lembrança relacionada de uma chuva de granizo que caíra logo após um espetáculo que assistira em Juiz de Fora, tinha por volta de 8 anos. As memórias do circo se apagaram, ficando apenas as da destruição que a chuva deixou.
Para a alegria do meu subconsciente tudo isto mudou. Voltei ao circo depois de passar anos gritando aos quatro ventos que não gostava do espetáculo (deve ser o trauma que a chuva deixou, não encontro outra explicação). Fui, em meio a aproximadamente 1000 crianças, e me diverti tanto quanto, ou mais que elas. Fiquei de boca e olhos arregalados o tempo todo, impressionada com tamanho arrebatamento.
É impressionante, mas mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, os circos de pequeno e médio porte que visitam as cidades do interior, espalham magia e deslumbre aos corações dos pequeninos e também dos mais crescidinhos por todo canto do país. A concretização das iniciativas do Ministério da Cultura, como a da reforma da Lei Rouanet, que propõe estimular os incentivos no interior do país e a diversidade, inclusive o circo, podem ser fundamental para seu crescimento. Mas, o que realmente conta neste caso é outro fator.
Outro dia li uma entrevista na revista Cult com Júlio Medáglia e quando o perguntaram sobre as distorções na Lei Rouanet direcionando recursos para projetos questionáveis e de pouco interesse público, ele foi categórico e conquistou meu apoio quando disse que “isso é culpa do Ministério da Cultura! Um projeto, para ser aprovado, passa pelos pareceristas. Se aprovam o Cirque de Soleil, então quem está errado é o Ministério, não a lei. Acho que precisa de uma peneira. Músicos como Chitãozinho e Xororó não precisam de incentivo. Ivete Sangalo tem avião! Tem sentido ela ganhar incentivo fiscal?” Pegando carona no que diz o maestro, quem precisa de dinheiro são os circos que não o tem.
Os olhos precisam continuar brilhando!

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